O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), por ser uma doença inflamatória crônica de caráter autoimune, pode afetar vários órgãos e sistemas do corpo humano, sendo os mais comuns os rins, a pele e as articulações.
O Sistema Nervoso Central também pode ser comprometido em pacientes com LES, ocasionando uma série de distúrbios neuropsiquiátricos como deficit de atenção, perda de memória e dificuldade para escrever e pensar.
Crescemos sendo educados para termos saúde, mantendo mente e corpos saudáveis. Todavia, o diagnóstico de uma doença inflamatória crônica, sem perspectiva de cura atualmente, pode despertar sentimentos de tristeza, ansiedade, culpa e o desenvolvimento de quadros psicopatológicos como a depressão e ansiedade, além do retardamento da eficácia do tratamento.
Quais os aspectos psicológicos do Lúpus?
A dor é um sinal de alerta de que algo não vai bem. Em pessoas com Lúpus, as dores chegam a ser crônicas, durando longos períodos. Quanto maior a sensação de dor coexistir com o indivíduo, maiores são as chances de sua resistência física e psicológica se enfraquecer.
A dor possui um caráter físico, mas principalmente subjetivo. Pacientes com dores crônicas costumam se queixar da sensação de frustração e tristeza que a dor provoca, trazendo muitos prejuízos para duas vidas, como o isolamento social e a renúncia a atividades cotidianas (trabalhar, sair com amigos, viajar, fazer atividades físicas…).
A descoberta da doença pode trazer consigo sentimentos de medo, não apenas o da saúde, mas medo do futuro, da perda da vida, sentimentos compreensíveis mas que podem trazer danos à saúde emocional dos pacientes com doenças autoimunes atuando como gatilhos para o estabelecimento de quadros psicopatológicos como a depressão e a ansiedade.
O estresse físico e emocional também tem um importante fator na ativação da doença. Em situações estressantes, o corpo humano produz um hormônio chamado cortisol, que, em grandes quantidades, trazem prejuízos ao sistema imunológico (nosso sistema de defesas) como o aumento da sensação de dor e a ativação de doenças.
Toda pessoa com Lúpus vai ter depressão?
Não. É bastante comum pacientes com doenças autoimunes apresentarem fadiga e distúrbios do sono, sintomas comuns na depressão. Todavia, o diagnóstico de depressão leva em conta não apenas sintomas físicos, mas também emocionais como tristeza prolongada e sentimento de desesperança.
Entretanto, é muito comum pacientes com Lúpus apresentarem quadros de humor depressivo que, quando não tratados, podem potencializar o quadro do LES, pois dificultam a adesão ao tratamento e a aceitação da doença.
Por que há piora da doença nos quadros depressivos ou ansiosos?
Quando ficamos deprimidos ou ansiosos, nosso cérebro sofre influência de nossas emoções. Emoções negativas como a tristeza, ansiedade, culpa e mágoa quando experimentadas de maneira intensa, interferem em nossa capacidade de pensar e resolver problemas, atuar com eficiência ou obter satisfação. Assim, é muito comum a piora no quadro clínico da doença.
Como a psicoterapia pode ajudar quem tem Lúpus?
A Psicoterapia é uma importante aliada para auxiliar no tratamento do paciente visto que o diagnóstico de um acometimento à saúde pode gerar diversas maneiras de viver e interpretar a nova realidade que a doença traz. Assim, a psicoterapia facilita na compreensão dos pensamentos e dos sentimentos que invadem os pacientes com Lúpus ou outras doenças autoimunes, auxiliando-os a identificar pensamentos negativos que não contribuem no processo de tratamento, e atuando de modo a alterá-los, melhorando sua qualidade de vida. O psicólogo atua ainda junto ao paciente no enfrentamento e controle da dor sendo possível reduzi-la a níveis de menor intensidade
Carolina Viana Dutra
Atendimento de pessoas com patologias autoimunes e reumáticas
CRP 11/10350
Psicóloga Clínica- Clínica Espaço Viver, Silva Paulet, 1325- Aldeota
(85) 3224.3966 | (85) 98609.4931
Sucesso nobre amiga
ResponderExcluirGratidão.
ExcluirEssa psicóloga se garante!
ResponderExcluirObrigada!
ExcluirExcelente matéria!
ResponderExcluirObrigada! Espero ter contribuído.
ExcluirNão tenho quadro de depressão, mas não vou negar que as vezes me sinto triste e amedrontada. Essa matéria trouxe luz às minhas indagações. Parabéns Doutora!
ResponderExcluirela disse tudo
ResponderExcluirparabéns pela matéria
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